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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bienal de Música Contemporânea inova, mas sofre críticas


A XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea começa nesta segunda-feira 10 no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Com apresentações até o dia 19 também no Salão Leopoldo Miguez (uma só) e sobretudo na Sala Funarte Sidney Miller, a grande quermesse promovida pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) em torno da música de concerto que se cria no momento no Brasil é ao mesmo tempo um patrimônio e uma espécie de mastodonte perfectível.
Contemplando a estreia de dezenas de obras de compositores brasileiros consagrados e de novas gerações, a maratona, há décadas no cenário musical do país, apresenta este ano duas novidades: além das obras habitualmente selecionadas por concurso (59 de compositores de 12 estados, num universo de 384 propostas), encomendas foram feitas a 16 compositores que participaram de Bienais anteriores. Mas a principal inovação é que os compositores serão remunerados.
Este ano, informa o musicólogo Flávio Silva, que há dez anos organiza o evento na Funarte, o custo da Bienal será de R$ 2,7 milhões; as obras concursadas receberam prêmios variando de R$ 30.000 para orquestra sinfônica a R$ 8.000 para solos, duos e trios; as 16 encomendas, de obras com no máximo 10 intérpretes, receberam cada uma R$ 12.000.
Obras de Jocy de Oliveira, Jorge Antunes, Murillo Santos, Nestor de Hollanda Cavalcanti, Guilherme Bauer, Ricardo Tacuchian, Mario Ficarelli, Gilberto Mendes, Tim Rescala, Ronaldo Miranda, Ernst Mahle, Marisa Rezende, Dawid Korenchendler e os recém-falecidos Almeida Prado e Osvaldo Lacerda, entre outros, serão ouvidas, quase sempre inéditas.
Um ‘jovem’ dentro e outro fora
Das novas gerações, teremos entre outros Alexandre Schubert, compositor do Prelúdio 21 – grupo de compositores que há anos tomaram as rédeas da execução e difusão da música que compõem, mantendo uma série mensal de concertos no auditório do Centro Cultural da Justiça federal, no centro do Rio, e multiplicando iniciativas em outros espaços e mídias.
Schubert tem suas Variantes para piano e orquestra incluídas no concerto de abertura da Bienal no João Caetano, com a Orquestra Petrobras Sinfônica regida por André Cardoso e a pianista Midori Maeshiro. Músico de imaginação cativante e recursos técnicos notáveis, Alexandre compôs por exemplo uma Sinfonia Festiva (2000-2003) contendo no segundo movimento uma das mais inspiradas “sinfonizações” do fundo ameríndio brasileiro que eu conheço; e um quarteto de cordas (Móbile) no qual realizou em 2009 a proeza de tornar uma linguagem dodecafônica interessante, graças à riqueza da invenção rítmica e textural.
Da mesma série de quartetos apresentada a meu convite em concertos da CPFL em São Paulo e Campinas naquele ano fazia parte o Quarteto Brasileiro nº 2 de Sérgio Roberto de Oliveira, também integrante do Prelúdio 21. O talento de Sérgio talvez possa ser considerado mais melódico – não por acaso a flauta e o violão têm papel de destaque em suas composições -, e não é rara em suas obras a inspiração folclórica e modal nordestina, como no mencionado Quarteto e num comunicativo Glória para coro, solistas e piano ouvido há alguns anos em apresentação do Prelúdio 21 na Sala Cecília Meireles.
Ao lado de nomes como Lalo Schifrin e Paquito D’Rivera, Sérgio Roberto de Oliveira acaba de ser indicado para concorrer ao Grammy Latino na categoria “Melhor Obra/Composição Clássica Contemporânea”, por sua peça Umas coisas do coração para violão, do CD Música Brasileira Contemporânea Vol. 3 lançado por sua produtora A Casa Discos.
Alexandre participa da Bienal, Sérgio, não.
Das razões de cada um expostas adiante, assim como das explicações de Flávio Silva constantes do material de divulgação da Bienal, ressalta na minha avaliação que o esforço da Funarte, por necessário e louvável que seja (e o feito numérico e logístico é mesmo impressionante, para não falar do impacto cultural de longo prazo), parece ter-se “congelado” um pouco numa fórmula que já não atende à necessidade de dar maior dinamismo – e sobretudo interface com o público – à promoção de músicas que afinal não são das mais fáceis de acesso e precisam ser desejadas de maneira menos passiva, num panorama em que a mídia em geral não ajuda.
Com a palavra os dois compositores e o organizador:

ALEXANDRE SCHUBERT
A Bienal de Música Brasileira Contemporânea é uma oportunidade para conhecer a produção da música de concerto atual dos mais variados lugares do Brasil. A diversidade de estilos, formações instrumentais e vocais é essencial para a percepção da riqueza cultural de nosso país. A possibilidade de conhecer e encontrar compositores de diversas tendências estéticas é fundamental para o aprimoramento da linguagem musical, e as execuções das obras durante os dez dias de concertos, realizadas sempre com intérpretes com nível de excelência artística, garantem um ótimo espetáculo para o público.
Eventos como a Bienal de Livros ou a Bienal de Arte de São Paulo são amplamente divulgados e discutidos na mídia. Com a música de concerto atual deveria acontecer o mesmo. Conversas com os compositores deveriam acontecer concomitantemente com os concertos, como nos lançamentos de livros na Bienal de Livros ou na FLIP. Por que não organizar no átrio das salas de concertos um ambiente de troca de experiências e aproximação entre o público e os compositores e instrumentistas?
Minha trajetória participando das Bienais é longa. Esta é a minha nona participação. Estreei na XI Bienal, e tenho excelentes recordações de momentos importantes de minha carreira como compositor, propiciados pela mostra. Na XIV Bienal, que se caracterizou por promover um concurso de composição destinado a novos compositores, recebi três prêmios: os primeiros lugares na categoria “Quintetos” e “Música Cênica”, e um segundo lugar na categoria “Solo”, além de dois prêmios de público, o que demonstrou um reconhecimento importante para um jovem compositor. Tive a oportunidade de ter obras brilhantemente executadas em outras Bienais pela Orquestra Sinfônica Brasileira, pela Orquestra da Escola de Música da UFRJ, pelo grupo Música Nova, pelo Quarteto Radamés Gnatalli, dentre outros.
Para esta Bienal, as peças foram selecionadas por meio de concurso de composição promovido pela Funarte, em 2010. Minha peça Variantes, para piano e orquestra de câmara, foi premiada nesse concurso e será apresentada no concerto de abertura da Bienal pela Orquestra Petrobras Sinfônica, tendo como solista a pianista Midori Maeshiro e a regência de André Cardoso. A peça divide-se em cinco seções em único movimento. O material básico da obra é proveniente do acorde formado pelas notas Dó, Fá, Si, Mi. Cada seção traz uma (re)elaboração desse material, daí o título de Variantes. O solista ora é tratado como protagonista do discurso musical, ora é inserido no fluxo textural das seções.
Aproveito para deixar meu link no Myspace onde vocês poderão ouvir a execução do primeiro movimento da minha Sinfonia Festiva, apresentada pela OSB na XVI Bienal, em 2005.
http://www.myspace.com/alexandreschubert/music/songs/sinfonia-festiva-1-mov-3489013
SÉRGIO ROBERTO DE OLIVEIRA
A minha questão com a Bienal de Música Brasileira Contemporânea é: o que é e para que serve a Bienal? No meu entender, a Bienal deveria ser um painel que mostrasse o que acontece na música brasileira contemporânea. Deveria servir para um intercâmbio entre os músicos (compositores e intérpretes) e, fundamentalmente, divulgar essa música para o público.
A Bienal, aparentemente, pretende ser uma mostra da música contemporânea brasileira. Ou seja, um painel do que anda acontecendo. Se fosse assim, e acho que essa é a sua verdadeira vocação, deveria se preocupar em mostrar os compositores e intérpretes que estão se apresentando nos últimos dois anos. O problema é que a Funarte (e essa vem sendo a política cultural do Ministério da Cultura desde FHC) abre mão de julgar, de decidir. Acho que caberia aos funcionários da Funarte dedicados à música clássica ir a concertos durante os dois anos, se informar, ouvir o que está acontecendo. Então, na Bienal, convidar as pessoas que estão tocando, que estão fazendo a música contemporânea no país (compositores e intérpretes) para participar. Com um concurso de composição para novatos, para estimular as novas gerações. E não é isso que acontece.
A impressão que temos é que a Funarte está alheia ao que ocorre na música contemporânea atual. Hoje, a ÚNICA série permanente de música contemporânea do Rio de Janeiro é a do Prelúdio 21 (em atividade desde 2008). Entretanto, nunca vi ninguém da Funarte assistindo a nossos concertos. Ou outros que costumo frequentar. Eu mesmo: nos últimos quatro anos (de 2007 a 2010), minha música foi tocada em média 50 vezes por ano, sendo, também em média, 10 vezes por ano no exterior. E não estou falando apenas de apresentações na universidade, ou em projetos que produzo. Entretanto, minha música foi rejeitada nas duas últimas bienais. E tenho certeza de que há muitos outros compositores na mesma situação.
É essa a música que me interessa ouvir. E certamente é essa música que interessa ao público. Quem está fazendo a música contemporânea Brasil afora neste momento? Quero ouvir essa música reunida num festival, numa bienal. Trocar experiências. Na atual Bienal, apenas um compositor do Prelúdio 21 participará. Será que o nosso público (de 700 a mil pessoas por ano) se interessará em ir à Bienal?
Por fim, o que mais me angustia é um desprezo pelas plateias. A Funarte diz que não há verba para divulgação. Li que há um orçamento de 2,7 milhões de reais para a Bienal. Normalmente, nós produtores reservamos 20% do nosso orçamento para divulgação. Mais de meio milhão de reais para divulgação é verba mais que suficiente! Mas o que ocorre é que o público não é prioridade para a Bienal. Não entendo para que serve então. Para mostrar nossas músicas para os amigos? Acho que é uma visão pequena por parte da Funarte, que tem muito a ver com a visão de vários compositores que têm sua atuação quase exclusivamente dentro da academia. Como se a Bienal fosse um intercâmbio entre músicos (o que é bom), sem nenhuma tentativa consistente de atingir o público em geral (o que é péssimo).
A Bienal tinha tudo para ser parte do calendário turístico da cidade. Mas, para isso, antes de mais nada, teria que deslocar o foco da Funarte e colocar nos artistas (compositores e intérpretes). Da forma que eu penso, a Bienal deveria ser “vendida” como o grande evento nacional da música contemporânea brasileira. Eles até tentam dizer isso. Mas… onde estão os compositores que atuam nessa música contemporânea? Acaba sendo um evento artificial. Ao invés de você focar nos artistas, foca nas obras. E a obra é efêmera e não atrai público. O artista atrai.
Não aceito mais o argumento de que é música de difícil consumo. O Prelúdio 21, que produzo e do qual sou membro, tem uma média de público crescente, bastante consistente, e apoiada principalmente em não músicos. E o Prelúdio 21 não tem um centavo de verba! Por que as pessoas vão lá? Não é para ouvir a música X. É para ouvir a música daqueles seis compositores e/ou do intérprete desse mês. Ninguém entende as artes plásticas contemporâneas, no entanto é bacana ir à Bienal de Artes. Por quê? Divulgação.
Armildo Uzeda interpreta Umas coisas do coração, de Sérgio Roberto de Oliveira



FLÁVIO SILVA
Desde o início, as Bienais foram ecléticas, recusando estéticas e ideologias, afirmando-se como evento de exposição das mais variadas correntes. Realizadas no Rio de Janeiro, são nacionais por vocação. Se há presença maciça de compositores de São Paulo e do Rio e, em menor grau, da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, isso se deve ao avanço maior do ensino e do desenvolvimento da música clássica nesses estados. Nesse sentido, São Paulo está necessariamente à frente, pois nenhum outro estado tem tantos centros importantes de ensino, criação e difusão, fora da capital.
Seleção de obras
A seleção de obras para as Bienais é um ponto crucial. Um órgão federal como a Funarte não pode simplesmente escolher compositores. A solução tem sido o concurso nacional, que abrange compositores brasileiros no exterior e estrangeiros radicados no Brasil. O concurso é lançado mediante edital publicado no Diário Oficial da União. O critério de seleção, observados os princípios gerais definidos pelo edital, é o da qualidade da obra proposta, ou seja, é um parâmetro necessariamente imponderável, indefinível. A comissão que as seleciona, escolhida pela Funarte, inclui músicos reputados, de vários estados e de diferentes tendências. Ela tem, tradicionalmente sete membros, separados por grupos, para analisar diferentes conjuntos de obras. Cada obra proposta é avaliada por dois examinadores; se ambos concordam, ela é aceita, em caso de discordância, um terceiro resolve a questão.
Os servidores da Funarte organizam os trabalhos da Comissão de Seleção, sem deles participar. Os membros da Comissão ficam reunidos durante cinco ou seis dias. Até a Bienal passada, as obras propostas para seleção eram recebidas com a identificação completa do compositor. Para a XIX Bienal, as partituras passaram a ser identificadas por números, anotados pelos organizadores nas próprias partituras e nos envelopes fechados que contém a identificação dos compositores. A pontuação final das obras foi feita com base, exclusivamente, nessa numeração; os membros da Comissão encerraram seu trabalho sem saber quais eram os compositores e os títulos das obras por eles selecionadas. Após o encerramento, foram abertos, pela organização da XIX Bienal, os envelopes identificando os compositores e títulos de cada obra.
Outro ponto crucial é a divulgação do concurso nacional. O edital é publicado no Diário Oficial da União e nos sites do Ministério da Cultura e da Funarte. Como a imprensa tem dado, nacionalmente, pouco destaque à música erudita, a saída tem sido a divulgação por e-mails, dirigidos a compositores, intérpretes, escolas de música, críticos, sites especializados, entre outros. Para esta Bienal, recebemos 384 obras, das quais 59 foram selecionadas; algumas vieram de compositores brasileiros morando no exterior. Dado importante: 40% dos compositores vencedores ainda não haviam participado de nenhuma Bienal.
Encomenda de obras
Compositores de larga trajetória e renome geralmente não participam de concursos. Não é razoável que eles sejam ignorados num evento com a envergadura de uma Bienal. Por essa razão, a Funarte decidiu encomendar obras a alguns desses compositores. Era indispensável ter algum critério com alguma objetividade para escolher a quem encomendar obras sem cair em favoritismos ou em concepções estético-ideológicas – o que é perfeitamente aceitável em encomendas por instituições privadas.
Qual critério adotar? Servimo-nos de um que é discutível, criticável, mas tem alguma objetividade: selecionamos 16 compositores que participaram de 14 ou mais Bienais, a saber: Almeida Prado, Dawid Korenchendler, Ernst Mahle, Gilberto Mendes, Guilherme Bauer, Jocy de Oliveira, Jorge Antunes, Mario Ficarelli, Marisa Rezende, Murillo Santos, Nestor de Hollanda Cavalcanti, Raul do Valle, Ricardo Tacuchian, Roberto Victorio, Ronaldo Miranda e Tim Rescala. Outros critérios terão que ser propostos, no caso de novas encomendas. Foi também encomendada uma obra a Edino Krieger, criador das Bienais, que não atingiu o total de participação em 14 edições, por não haver inscrito obras suas nos eventos por ele organizados. Da encomenda feita a Almeida Prado, resultou sua última obra, entregue à Funarte poucos meses antes de seu falecimento.
Obras por estados na XIX Bienal
Juntando obras concursadas e encomendadas, foram definidas, por estados, para a XIX Bienal, as seguintes quantidades de obras: São Paulo − 26; Rio de Janeiro − 17; Rio Grande do Sul − 9; Paraná − 6; Bahia e Minas Gerais − 3; Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina − 2; Paraíba – 1.
Compositores há pouco falecidos, que participaram de Bienais anteriores, serão homenageados com apresentação de obras suas, a saber: Carlos Cruz, Calimério Soares, Osvaldo Lacerda e Almeida Prado. José Vieira Brandão também será homenageado pela passagem do centenário de seu nascimento.
Inovações na XIX Bienal – Recursos
Nas Bienais anteriores, as obras apresentadas eram selecionadas no ano de realização do evento. Na atual, elas foram objeto de concurso ou de encomendas feitos no ano passado. As obras concursadas receberam prêmios em dinheiro, entre R$ 8 mil e R$ 30 mil; as encomendadas foram contempladas, cada uma, com R$ 12 mil. Todos os pagamentos foram feitos no ano passado; eles são inéditos na história das Bienais e nessa quantidade ocorrem pela primeira vez no Brasil.
O concurso e as encomendas realizados no ano passado custaram R$ 1,2 milhão. Para o ano em curso, as despesas com a realização do evento chegam a R$ 1,5 milhão, incluindo pagamentos a quatro orquestras, um coro, mais 100 de intérpretes, custos gráficos, passagens, hospedagens, pessoal de apoio, gravação sonora, aluguel de instrumentos e outros gastos. Assim, o total investido na XIX Bienal será de R$ 2,7 milhões, somado os investimentos de 2010 aos de 2011. Esse é o maior valor até agora investido para a realização de uma Bienal.
A XX Bienal, em 2013, está sendo pensada da mesma forma: lançamento de concurso e encomenda de obras em 2012, a serem pagos neste mesmo ano, deixando as despesas específicas do evento para o ano seguinte.
Encontros durante a XIX Bienal
As Bienais têm concedido passagens e estadias para que compositores de outros estados possam vir ao Rio de Janeiro, assistir à execução de suas obras. A vinda desses compositores é importante, já que propicia a troca de experiências entre compositores de vários estados.
Em Bienais anteriores, foram realizadas, paralelamente aos concertos, atividades diversas, como conferências, exibições de filmes sobre música brasileira, leitura musical para cegos e discussões sobre direito autoral. Como a maioria dos compositores fica poucos dias no Rio de Janeiro, o alcance dessas atividades é necessariamente restrito, pois, para eles, é importante assistir aos ensaios finais de suas obras.
Nesta Bienal, optou-se por realizar três encontros, nos dias 11, 14 e 18 de outubro, das 14 às 17 horas, para discussão de temas de interesse de compositores, intérpretes e interessados. Um desses temas poderá ser a própria dinâmica da realização das Bienais, seus critérios de organização. Os encontros serão realizados na Academia Brasileira de Música, que tem colaborado para a realização das últimas Bienais.
Entrega de gravações
Durante a XIX Bienal, será iniciada a entrega de cópias de 1.212 gravações a 366 compositores. Essas gravações, conservadas no Centro de Documentação da Funarte, foram feitas durante os dois Festivais de Música da Guanabara, nas 18 Bienais anteriores, e em eventos como os Panoramas da Música Brasileira Contemporânea. A maioria delas não foi ouvida por seus criadores e intérpretes. Elas constituem um acervo único da música erudita brasileira no séc. XX, avançando pelo séc. XXI. Esse acervo é parte de um conjunto maior de gravações, muitas delas ainda por tratar. A entrega da cópias aos compositores é um primeiro passo no sentido de viabilizar a difusão dessas gravações pelo Portal Funarte e, eventualmente, por outros órgãos públicos, após serem também consultados os intérpretes. De posse das cópias de gravações de obras suas, os compositores poderão delas se servir, para a divulgação de seus trabalhos, ouvidos os intérpretes respectivos.

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